La necesaria transformación ecológica, social y urgente de la ONU

22 de junio de 2012 Català Galego

El texto de Río+20 es débil, pero aunque hubiera reflejado más acuerdos también habría sido un texto incapaz de guiar el cambio necesario. En Río 92, la lectura que se hizo ya era equivocada, al pensar que para alcanzar la sostenibilidad ambiental y la equidad social hacía falta más crecimiento económico. El texto aprobado hoy vuelve a hacer continuos llamamientos a la necesidad de un crecimiento económico continuado cometiendo nuevamente el error de ubicar el crecimiento en el lado de las soluciones en lugar de en el de las causas.

El texto llega a afirmar que el desarrollo sostenible no se ha conseguido porque toda una serie de crisis alimentaria, económica, financiera, etc. lo han impedido. Como si estas crisis fueran una especie de desastres naturales sobrevenidos y no estuvieran directamente provocadas por un sistema de acumulación y concentración creciente de la riqueza que se llama capitalismo. «No es posible el crecimiento económico infinito en un planeta con límites», afirma Erika González, portavoz de la Alianza «¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!»Ventana nueva. Esta es la verdad incómoda que los líderes mundiales se empeñan en no mirar a la cara.

Algunas ONG se lamentan de que el texto no haya logrado introducir un concepto fuerte de Economía verde como el motor principal para el desarrollo sostenible. Desde la Alianza «¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!» no lo lamentan. «La economía verde representa la última coartada del capitalismo para incorporar al mercado los bienes naturales y las funciones ecosistémicas. Pero tampoco tenemos motivos para alegramos de que no haya una definición de Economía verde como la que pretendían los países industrializados, los grandes promotores de la idea. El capitalismo verde seguirá, a pesar de Rio+20, su curso en la agenda de las grandes corporaciones que la promueven y que se beneficiarán de ella, aunque no hayan conseguido el marchamo de oficialidad que buscaban en esta conferencia», sigue explicando Erika González.

Si algo ha dejado en evidencia Rio+20 es el poder creciente que tienen las empresas transnacionales para priorizar sus agendas políticas y económicas con el apoyo de los gobiernos nacionales y las instituciones internacionales. En esa misma lógica también se pone en evidencia la decreciente voluntad política que tienen los gobiernos para defender el interés público y lo común. La Economía verde no es una economía que trabaje para la conservación del Planeta y la equidad de las personas. «De lo que se trata es de que las grandes empresas transnacionales se apropien de los bosques, las tierras, la biodiversidad, etc., para crear nuevos mercados y gestionar, lucrándose, no solo esos recursos sino también las propias funciones que los ecosistemas realizan hoy de forma gratuita, como la captación de carbono, la depuración del agua, la regulación del clima,..», denuncia Samuel Martín-Sosa.

Las Naciones Unidas defienden que el proceso ha sido transparente y participativo, pero eso es falso. La participación no es aparentar un diálogo que no existe, sino que implica ceder poder de decisión. La Conferencia oficial, sin embargo, ha sido sorda a lo que acontecía a escasos kilómetros en la Cumbre de los Pueblos donde miles de personas clamaban por un cambio de paradigma ante la crisis civilizatoria global en que nos encontramos. «Desde la sociedad civil hemos denunciado las estrechas relaciones entre las corporaciones y los gobiernos y el propio sistema de Naciones Unidas, que ponen en entredicho su legitimidad», concluye Samuel Martín-Sosa.

Nunca antes las Naciones Unidas habían sido un espacio tan débil y cuestionado. Nunca antes los gobiernos habían demostrado tamaña falta de capacidad política. Hace veinte años los gobiernos parecían, al menos, convencidos de que había que hacer algo urgente para solucionar la crisis social y ambiental. Ahora la sensación que transmiten a los ciudadanos es la de que no son ellos los que toman las decisiones y que eso les impide llegar a posicionamientos fuertes. ¿A quién representan las Naciones

22 de junio de 2012

O documento final da Cúpula dos povos sintetiza os principais eixos discutidos durante as plenárias e assembléias, assim como expressam as intensas mobilizações ocorridas durante esse período – de 15 a 22 de junho – que apontam as convergências em torno das causas estruturais e das falsas soluções, das soluções dos povos frente às crises, assim como os principais eixos de luta para o próximo período.

As sínteses aprovadas nas plenáriasVentana nueva integram e complementam este documento político para que os povos, movimentos e organizações possam continuar a convergir e aprofundar suas lutas e construção de alternativas em seus territórios, regiões e países em todos os cantos do mundo.

Você também pode ler a carta aquiVentana nueva (em pdf).

Declaração final

Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental

Em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida

Movimentos sociais e populares, sindicatos, povos, organizações da sociedade civil e ambientalistas de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, vivenciaram nos acampamentos, nas mobilizações massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas, conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas, novos paradigmas de sociedade.

A Cúpula dos Povos é o momento simbólico de um novo ciclo na trajetória de lutas globais que produz novas convergências entre movimentos de mulheres, indígenas, negros, juventudes, agricultores/as familiares e camponeses, trabalhadore/as, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, lutadores pelo direito a cidade, e religiões de todo o mundo. As assembléias, mobilizações e a grande Marcha dos Povos foram os momentos de expressão máxima destas convergências.

As instituições financeiras multilaterais, as coalizações a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20, a captura corporativa da ONU e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferencia oficial. Em constraste a isso, a vitalidade e a força das mobilizações e dos debates na Cúpula dos Povos fortaleceram a nossa convicção de que só o povo organizado e mobilizado pode libertar o mundo do controle das corporações e do capital financeiro.

Há vinte anos o Fórum Global, também realizado no Aterro do Flamengo, denunciou os riscos que a humanidade e a natureza corriam com a privatização e o neoliberalismo. Hoje afirmamos que, além de confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos direitos humanos já reconhecidos. A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a natureza, sequestrando os bens comuns da humanidade para salvar o sistema economico-financeiro.

As múltiplas vozes e forças que convergem em torno da Cúpula dos Povos denunciam a verdadeira causa estrutural da crise global: o sistema capitalista patriarcal, racista e homofobico.

As corporações transnacionais continuam cometendo seus crimes com a sistematica violação dos direitos dos povos e da natureza com total impunidade. Da mesma forma, avançam seus interesses através da militarização, da criminalização dos modos de vida dos povos e dos movimentos sociais promovendo a desterritorialização no campo e na cidade.

Da mesma forma denunciamos a divida ambiental histórica que afeta majoritariamente os povos oprimidos do mundo, e que deve ser assumida pelos países altamente industrializados, que ao fim e ao cabo, foram os que provocaram as múltiplas crises que vivemos hoje.

O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitario sobre los recursos naturais e serviços estratégicos, que continuam sendo privatizados, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessarios à sobrevivencia.

A dita “economia verde” é uma das expressões da atual fase financeira do capitalismo que também se utiliza de velhos e novos mecanismos, tais como o aprofundamento do endividamento publico-privado, o super-estímulo ao consumo, a apropriação e concentração das novas tecnologias, os mercados de carbono e biodiversidade, a grilagem e estrangeirização de terras e as parcerias público-privadas, entre outros.

As alternativas estão em nossos povos, nossa historia, nossos costumes, conhecimentos, práticas e sistemas produtivos, que devemos manter, revalorizar e ganhar escala como projeto contra-hegemonico e transformador.

A defesa dos espaços públicos nas cidades, com gestão democrática e participação popular, a economia cooperativa e solidaria, a soberania alimentar, um novo paradigma de produção, distribuição e consumo, a mudança da matriz energética, são exemplos de alternativas reais frente ao atual sistema agro-urbano-industrial.

A defesa dos bens comuns passa pela garantia de uma série de direitos humanos e da natureza, pela solidariedade e respeito às cosmovisões e crenças dos diferentes povos, como, por exemplo, a defesa do “Bem Viver” como forma de existir em harmonia com a natureza, o que pressupõe uma transição justa a ser construída com os trabalhadores/as e povos.

Exigimos uma transição justa que supõe a ampliação do conceito de trabalho, o reconhecimento do trabalho das mulheres e um equilíbrio entre a produção e reprodução, para que esta não seja uma atribuição exclusiva das mulheres. Passa ainda pela liberdade de organização e o direito a contratação coletiva, assim como pelo estabelecimento de uma ampla rede de seguridade e proteção social, entendida como um direito humano, bem como de políticas públicas que garantam formas de trabalho decentes.

Afirmamos o feminismo como instrumento da construção da igualdade, a autonomia das mulheres sobre seus corpos e sexualidade e o direito a uma vida livre de violência. Da mesma forma reafirmamos a urgência da distribuição de riqueza e da renda, do combate ao racismo e ao etnocídio, da garantia do direito a terra e território, do direito à cidade, ao meio ambiente e à água, à educação, a cultura, a liberdade de expressão e democratização dos meios de comunicação.

O fortalecimento de diversas economias locais e dos direitos territoriais garantem a construção comunitária de economias mais vibrantes. Estas economias locais proporcionam meios de vida sustentáveis locais, a solidariedade comunitária, componentes vitais da resiliência dos ecossistemas. A diversidade da natureza e sua diversidade cultural associada é fundamento para um novo paradigma de sociedade.

Os povos querem determinar para que e para quem se destinam os bens comuns e energéticos, além de assumir o controle popular e democrático de sua produção. Um novo modelo enérgico está baseado em energias renováveis descentralizadas e que garanta energia para a população e não para as corporações.

A transformação social exige convergências de ações, articulações e agendas a partir das resistências e alternativas contra hegemônicas ao sistema capitalista que estão em curso em todos os cantos do planeta. Os processos sociais acumulados pelas organizações e movimentos sociais que convergiram na Cúpula dos Povos apontaram para os seguintes eixos de luta:
- Contra a militarização dos Estados e territórios;
- Contra a criminalização das organizações e movimentos sociais;
- Contra a violência contra as mulheres;
- Contra a violência as lesbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgeneros;
- Contra as grandes corporações;
- Contra a imposição do pagamento de dívidas econômicas injustas e por auditorias populares das mesmas;
- Pela garantia do direito dos povos à terra e território urbano e rural;
- Pela consulta e consentimento livre, prévio e informado, baseado nos princípios da boa fé e do efeito vinculante, conforme a Convenção 169 da OIT;
- Pela soberania alimentar e alimentos sadios, contra agrotóxicos e transgênicos;
- Pela garantia e conquista de direitos;
- Pela solidariedade aos povos e países, principalmente os ameaçados por golpes militares ou institucionais, como está ocorrendo agora no Paraguai;
- Pela soberania dos povos no controle dos bens comuns, contra as tentativas de mercantilização;
- Pela mudança da matriz e modelo energético vigente;
- Pela democratização dos meios de comunicação;
- Pelo reconhecimento da dívida histórica social e ecológica;
- Pela construção do DIA MUNDIAL DE GREVE GERAL.

Voltemos aos nossos territórios, regiões e países animados para construirmos as convergências necessárias para seguirmos em luta, resistindo e avançando contra os sistema capitalista e suas velhas e renovadas formas de reprodução.

Em pé continuamos em luta!

Rio de Janeiro, 15 a 22 de junho de 2012.

Cúpula dos Povos por Justiça Social e ambiental em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida.

Desde la Cumbre de los Pueblos se pide la prohibición del fracking 21 de junio de 2012 Organizaciones diversas de varias procedencias del mundo han tenido un encuentro de articulación durante la Cumbre de los Pueblos de Rio para analizar la situación de lucha contra la investigación y explotación no convencional de hidrocarburos mediante la técnica de la fractura hidráulica (fracking). Este encuentro ha trabajado en la redacción de una declaración internacional contra el fracking, y se ha manifestado el compromiso de trabajar por un Día de Acción Global contra esta actividad, que muy posiblemente celebre su primera edición el próximo otoño. Se articulará un mecanismo por el cual poner en común las actividades que las distintas organizaciones del mundo quieran hacer ese dia. Esta será una forma de visibilizar que la lucha contra el fracking, actualmente muy atomizada, tiene una dimensión importante, y de articular una voz que a nivel planetario diga: ¡Fracking No! La Cumbre de los Pueblos además ha incluido una solicitud de moratoria en el texto de la Plenaria relativa a Minería y Extractivismo.

************************************ Se reúnen con el ministro Arias Cañete 21 de junio de 2012 En el espacio de la Conferencia de Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible Río+20, el ministro Arias Cañete se ha reunido con varias organizaciones no gubernamentales y grupos ecologistas entre las que se hallaba representada la Alianza “¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!” en la que participa Ecologistas en Acción. Al contrario de la primera intervención del ministro, Maria Campuzano, portavoz de la Alianza ha denunciado y valorado negativamente el texto preliminar sobre el que se trabaja en la Cumbre oficial ya que “no se reconocen las causas profundas de la crisis ambiental y social, en concreto, el crecimiento económico como paradigma y solución en un planeta de recursos finitos, ni se proponen metas, ni financiación”. El ministro ha valorado positivamente que en el texto aparezcan los objetivos generales del Milenio y que se reconozca el derecho humano al agua y al saneamiento, pero ha reconocido la falta de instrumentos que permitan cumplir tales objetivos. El ministro ha afirmado que “la Unión Europea no ha sido responsable de no haber llegado donde había que llegar”, y ha culpado al Grupo 77 y más en concreto a los BRICS por no querer responder a los grandes retos, como les corresponde, en su papel de potencias emergentes. El ministro no ha respondido al argumento relacionado con la imposibilidad del crecimiento económico en un planeta finito. Por otro lado, el ministro ha defendido la importancia del sector privado en la economía verde. María Campuzano ha alertado sobre la privatización de bienes públicos, a lo cual el ministro ha contestado que “si el sector privado entra a gestionar el agua, esto no es privatizar”. También, el ministro ha afirmado que el sector de las energías renovables tiene un potencial y futuro indiscutible en el Estado español, a lo que Rosa Lago, otra miembro de la Alianza le ha espetado que el sector fotovoltaico ha perdido aproximadamente 30.000 puestos de trabajo, mientras la revista sobre energía fotovoltaica Photon, en su portada de febrero de 2012, calificó la política del gobierno como “amenaza de muerte a las renovables”. Arias Cañete se ha escudado en el déficit tarifario acumulado y ha sugerido llevar a subasta las energías renovables, como cualquier otra fuente energética, y se le ha respondido si también sacará a subasta la producción eléctrica de Iberdrola o Endesa, y que el déficit tarifario no es responsabilidad de las fuentes renovables, sino de la política de financiación de las empresas eléctricas que el gobierno del PP puso en marcha en 1999.

******************************** Increpan a Rajoy en Rio+20 por la incapacidad de los líderes para cambiar el rumbo del planeta 20 de junio de 2012 Con gritos de «Mariano, no entiendes, el Planeta no se vende» o «Capitalismo NO, ni verde ni marrón», la alianza «¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!» ha recibido a Rajoy con una pancarta su llegada a un encuentro con españoles en la Casa de España en Río de Janeiro (Brasil) para denunciar la incapacidad de los líderes para enfrentar la crisis global y criticar su apuesta por la Economía verde, que incorporará a la lógica del mercado los bienes naturales que, aun hoy, son de todo el planeta. Coincidiendo con el Día de Acción Global, los activistas han entregado una carta al Presidente en la que marcan la hoja de ruta que los líderes deberían seguir para que Río+20 fuera realmente un hito en el necesario cambio de paradigma que la humanidad debe acometer. La carta entregada hoy a Rajoy es una invitación para promover un giro a nivel mundial al modelo insostenible en el que vivimos, rechazando el capitalismo verde, controlando la actuación de las corporaciones, promoviendo el acceso a los recursos en los países del Sur, apostando por una agenda comercial internacional que ponga la sostenibilidad del planeta y la justicia social en el centro de las políticas, y presionando para que no haya un retroceso respecto a lo conseguido en Río 92. Además, la Alianza «¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!» ha echado en cara a Rajoy que venga a hablar de una supuesta economía verde cuando en nuestro país está promoviendo la energía nuclear y los combustibles fósiles, dando ayudas al carbón, promoviendo las prospecciones petrolíferas, la fractura hidráulica (fracking), al tiempo que asfixia el desarrollo de las renovables. Las organizaciones reunidas frente a la Casa de España han pedido a Rajoy que rechace el concepto de economía verde que se está forjando en las negociaciones. «Este término parece cargado de bondad y se quiere presentar como una especie de capitalismo «bueno», pero es en realidad una coartada para profundizar en un sistema de acumulación creciente que pondrá aún más presión sobre los recursos naturales y aumentará la desigualdad», explica Samuel Martín-Sosa, miembro de la alianza. El argumento subyacente a este concepto es que en 20 años no se han solucionado los problemas ambientales y sociales porque los mercados han operado con señales equivocadas. Se pretende por tanto ahora, poner precio a todo lo que no lo tiene, desde recursos naturales (agua, tierra, aire, bosques,…) hasta las funciones de los ecosistemas (capacidad de captación de carbono, depuración del aire, la polinización, regulación climática,…) para «corregir el rumbo». Al mismo tiempo la alianza ha exigido al presidente del gobierno que trabaje para poner límite a la actividad de estas empresas, responsables de agresiones ambientales y sociales en los países del Sur. En Rio+20 se debería acordar un mecanismo de responsabilidad legal sobre sus actividades. Esta acción se enmarca dentro de las movilizaciones que van a acontecer a lo largo de hoy miércoles con motivo de la celebración del Día de Acción Global.

Incapacidad política para enfrentarse a la crisis 20 de junio de 2012 català La Conferencia de Río+20 que hoy comienza no viene acompañada del cambio estructural en el modelo depredador actual. Al contrario, profundiza la crisis global y coloca a la humanidad al borde del abismo. La economía verde representa la última coartada de las empresas transnacionales para seguir exprimiendo el planeta. “Veinte años después podemos decir que los líderes mundiales no han aprendido nada desde Río 92”, comenta Samuel Martín-Sosa de la Alianza ¿Economia verde? ¡Futuro imposible!. “No tienen ni la preparación, ni la integridad para acometer los cambios radicales que se precisan para ponernos en el camino de la sostenibilidad, ni tampoco la capacidad para ello, pues son los mercados y los grandes grupos económicos quienes deciden”, añade. Lo que se plantea en el texto negociador de la Conferencia no está a la altura de los retos a los que el Planeta se enfrenta, y transmite la sensación de que su mundo de burocracia negociadora no es el mundo real en crisis que estamos viviendo. No hay una mirada crítica a la incapacidad de cambiar el rumbo en estas dos décadas. Brasil ha presentado un texto descafeinado y carente de contenido y compromiso, que supone un retroceso en los acuerdos de Río 92, a pesar de que hoy los problemas son mucho más profundos que entonces. El borrador del texto de negociación que hoy se pone sobre la mesa está atravesado de un llamamiento contínuo a la necesidad de conseguir un crecimiento económico sostenido. “Poner el crecimiento en el lado de las soluciones en lugar de en el de las causas es truncar de partida cualquier posibilidad de cambio real. No es posible el crecimiento infinito en un planeta con límites y recursos finitos. Los líderes reunidos en Río deben decirle la verdad a la ciudadanía sobre a donde lleva esta carrera alocada hacia delante, dándole oxígeno a un modelo en crisis, sin escuchar a las voces de millones de personas indignadas y excluidas que claman por otro mundo diferente. No se pueden hacer políticas sostenibles con políticos irresponsables”, denuncia Iñaki Bárcena, otro miembro de la alianza. No hay nada en la denominada “Economía verde” que se plantea en el texto de negociación que cambie las bases sobre las que se asienta el funcionamiento del capitalismo, y por tanto no se podrán acometer los cambios estructurales que permitan conseguir los objetivos de erradicación de la pobreza, inclusión, reducción de las emisiones, etc. que se plantean desde el discurso oficial. Lo que si hay en el borrador es el esbozo de un nuevo empuje para extender la lógica mercantilista a todos los bienes naturales que aun hoy no tienen dueño, que aun hoy, son de todas las especies de la Tierra. Así, la Economía Verde persigue la apropiación de los bienes naturales (agua, tierra, aire,…) y las funciones de los ecosistemas (regulación del clima, depuración de las aguas, polinización, fotosíntesis…) para incluirlos en el mercado, comerciar con ellos, y convertirlos también en valores financieros. “Los líderes mundiales reunidos en las instalaciones de Río Centro no representan a sus ciudadanos”, denuncia Samuel Martin Sosa. Con la urgencia y magnitud de la crisis multidimensional en la que estamos, no se entiende que líderes como Obama, Merkel o Cameron, ni siquiera asistan al evento y que las corporaciones muestren más interés que los propios gobiernos. Esto deja claro a quien beneficiará la “Economía Verde”. Las organizaciones sociales, y representantes de las diferentes comunidades reunidos en la Cumbre de los Pueblos, el encuentro alternativo que se desarrolla de forma paralela, han denunciado la cooptación de los gobiernos y del propio sistema de Naciones Unidas por las corporaciones, que influyen cada vez más la agenda política. Así mismo han lanzado una propuesta para avanzar hacia un marco normativo internacional que permita limitar el papel de las corporaciones en las decisiones políticas y depurar sus responsabilidades en las agresiones ambientales y sociales, particularmente en países del Sur. El borrador de negociación se llama “El futuro que queremos”, pero representa en realidad el futuro que NO queremos. Desde la Alianza “¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!”Ventana nueva dicen que con esta denominada Economía Verde, no habrá futuro para la humanidad porque este no será posible. El tiempo se agota y probablemente dentro de 20 años ya será demasiado tarde. ******************************** Las transnacionales no son la solución para la sostenibilidad, son el problema 18 de junio de 2012 Hoy, ha finalizado el foro de las transnacionales en la Conferencia Río +20, el Corporate Sustainability Forum. Este foro auspiciado por el Global Compact ha favorecido el negocio de las empresas transnacionales y su legitimación para la mercantilización de nuevos territorios, bienes comunes, servicios… Todo ello bajo el argumento de que estas compañías son claves para la sostenibilidad ambiental y el desarrollo de los países del Sur Global. Frente a estos argumentos, centenares de organizaciones se están articulando en la Cumbre de los Pueblos para denunciar que estas corporaciones son precisamente las principales causantes de la fuerte crisis ambiental y de la violación sistemática de los derechos humanos. El Global Compact ha organizado directamente el espacio donde, según este propio foro, cientos de transnacionales han desarrollado todo un trabajo de presión política hacia los gobiernos para conseguir su objetivo: privatizar y comercializar áreas, recursos y servicios de la naturaleza que, hasta ahora, no estaban bajo las normas del mercado por considerarse vitales: fundamentales para la vida. La sociedad civil, reunida estos días en la Cumbre de los Pueblos Rio+20, ve un enorme peligro en estas prácticas: la fuerte expansión de la minería, la especulación con los alimentos, el acaparamiento de tierras, la privatización de servicios básicos como el agua, -entre otros-, porque ofrecen pruebas palpable de los impactos futuros que puede tener introducir en el mercado más bienes y servicios. La herramienta para frenar esta deslegitimación son alianzas público-privadas que han tenido en este espacio una enorme difusión y publicidad. Pero la actividad de las transnacionales no se frena con la clausura de este Foro -en el que ha participado el grupo Santander, dados sus fuertes intereses comerciales en Brasil-, sino que tendrán un momento clave para su publicidad en el Bussiness Action for Sustainable Development (BASD) Day que será mañana, 19 de junio. Por otra parte, la expansión de este poder llega hasta las Instituciones Internacionales. La Alianza «¿Economía Verde? ¡Futuro Imposible!» denuncia cómo los grupos de presión empresariales, el capital financiero y las corporaciones multinacionales están influenciando las decisiones de la ONU consiguiendo bloquear la aprobación de soluciones efectivas en la protección ambiental y social o la defensa de los Derechos Humanos. Por ello, más de 335 organizaciones de la sociedad civil, representando a millones de personas en todo el mundo, han firmado ya una declaración conjunta, donde destacan y denuncian el control cada vez mayor que ejercen las empresas transnacionales en el seno de la ONU. Las organizaciones firmantes exigen una respuesta pública, donde Naciones Unidas manifieste de forma clara que su prioridad es servir al interés público y no al poder corporativo. Toda esta demostración de poder político y económico de las transnacionales está siendo respondido con fuerza desde la sociedad civil en la Cumbre de los Pueblos y mañana 19 de junio también será un día clave para denunciar la violación sistemática de los derechos humanos por parte de estas compañías. Dos convocatorias que agrupan a centenares de organizaciones reivindicarán precisamente el fin de la impunidad de las multinacionales en sus impactos sobre los derechos fundamentales. A las 11:30 en la Cumbre de los Pueblos se va a presentar el lanzamiento de la campaña global ¡Frena los abusos de las corporaciones transnacionales! (Tenda 22 de la Cumbre de los Pueblos, en Atejo do Flamengo, Rio de Janeiro). Y las 18:00 dará comienzo un acto contra las corporaciones multinacionales, que tendrá lugar en la Plenaria 1 de la Cumbre de los Pueblos. ************************** El escritor Leonardo Boff tilda de “materialista y miserable” el texto oficial de negociación de Río+20 16 de junio de 2012 El septuagenario escritor, teólogo y ecologista brasileño Leonardo Boff ha arremetido duramente en la inauguración de la Cumbre de los Pueblos de Río+20 contra la economía verde que se postula en el Borrador Cero de la negociación de Río+20 al que ha tildado de “materialista y miserable” acusándole de dar la espalda a la espiritualidad. La Alianza ¿Economía verde? ¡Futuro imposible!Ventana nueva de la que Ecologistas en Acción forma parte, ha asistió al acto, el dia de la inauguración de la Cumbre de los Pueblos. En un acto de apoyo a la Carta de la Tierra (1992) de la que fue coautor, el conocido y comprometido escritor, ganador hace una década del premio Right Livelihood Award (conocido como el Nóbel alternativo), ha criticado duramente la Conferencia Oficial de Río+20 que comienza en unos días en la capital carioca, por considerar que va por mal camino para solucionar “el momento crítico de la historia en que nos encontramos”, A su juicio, debemos elegir entre hacer una alianza global para cuidar la Tierra o aceptar nuestra destrucción. Según Boff, la no asistencia de los líderes mundiales más destacados como Obama, Cameron o Merkel, habla muy poco en favor de su preparación para afrontar los retos a los que se enfrenta el Planeta, ya que “están más preocupados por salvar los bancos y las finanzas que por cuidar la Madre Tierra” y su cortedad de miras no les permite tomar conciencia de la dimensión de la crisis global en que nos encontramos. En un encendido canto a la espiritualidad, Boff ha criticado la falta de liderazgo de los gobernantes por dar la espalda a esta “ventaja evolutiva” de la especie humana, y les ha acusado de haberse quedado anclados en una visión mercantilista de la Tierra propia del siglo XVI como mero almacén de recursos, y de no haber aprendido nada de visiones posteriores que nos muestran una Madre Tierra que produce, mantiene y reproduce la vida. La exclusión de la espiritualidad de las conversaciones de Río+20 muestran que “El futuro que queremos” (título oficial del borrador de negociación), es en realidad, el futuro al que nos llevan:el abismo y lo que ha denominado “geocidio”, esto es, la muerte del planeta. Para Boff es inconcebible que se hayan descartado las versiones anteriores del texto que hacían mención a la Carta de la Tierra, documento que considera uno de los más bellos del siglo XXI, iluminador del tipo de humanidad que necesitamos. Para Boff la validez de esta Carta, cuyo proceso de construcción comenzó en Río 92 aunque el movimiento en su apoyo no se lanzó hasta una década después, es la de “guiarnos en esta crisis global para avanzar hacia la reconciliación con la Madre Tierra. Para ello el sistema capitalista tendría que aceptar que un proyecto infinito no es soportable en un planeta finito, y la Tierra se está resquebrajando porque ya no aguanta más”. Lejos de esto los líderes mundiales, ha criticado Boff, se dedicarán estos días en Rio+20 a colocar precio a cosas que tienen valores inconmensurables como el agua, los suelos, los nutrientes, …y a incluir todos los bienes comunes en un proceso criminal de mercantilización de la naturaleza. Todas las cosas que tienen que ver con la vida, ha dicho, no pueden ir a parar al mercado, porque la vida es sagrada. “Rio+20 es una blasfemia a la Madre Tierra” ha concluido el escritor. Leonardo Boff ha pronunciado este discurso en el primer dia de la “Cumbre de los Pueblos por la Justicia Social y Ambiental”, que se celebra desde ayer 15 de junio hasta el dia 23 en la capital brasileña, de forma paralela a la Conferencia oficial de Naciones Unidas. Miembros de Ecologistas en Acción, junto a otras organizaciones de la Alianza ¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!Ventana nueva se encuentran en Río de Janeiro para visibilizar la oposición del ecologismo vasco a esta nueva forma de capitalismo y tejer redes con numerosos movimientos sociales que creen que es posible una nueva forma de vida en el planeta. ************************************ Rajoy no irá al «otro» Rio+20 15 de junio de 2012 Comienza el «otro» Río+20. Hasta el 23 de junio, tendrá lugar la Cumbre de los Pueblos en Rio de Janeiro. Un encuentro de la sociedad civil global, donde organizaciones, colectivos y movimientos sociales se reúnen para proponer una nueva forma de vida en el planeta, en contra de la mercantilización de la naturaleza y en defensa de los bienes comunes. Esta Cumbre de los Pueblos se desarrollará en paralelo a la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible, Río +20, ambas en Rio de Janeiro (Brasil). Su lema es «Por la Justicia Social y Ambiental» y pretende poner de manifiesto que la agenda prevista para la conferencia oficial, -que versa sobre la llamada «economía verde» y la gobernanza del medio ambiente-, es insatisfactoria para hacer frente a la crisis del planeta, causado por nuestro modelo de producción y consumo insostenible e injusto. Al contrario que la Conferencia oficial, esta cumbre es un espacio «libre de corporaciones». Las organizaciones de la sociedad civil han criticado duramente el proceso creciente de penetración de los intereses de las corporaciones en las agendas de Naciones Unidas y de los propios gobiernos, que se han convertido en títeres de los mercados y ya no representan a sus ciudadanos y el interés común en estos foros. Las organizaciones del Estado español agrupadas en torno a la alianza «¿Economía Verde? ¡Futuro imposible!» [1] han hecho llegar por carta sus reivindicaciones a Rajoy, para que al menos escuche la voz de los Pueblos antes de asistir a la Conferencia Oficial. La Cumbre de los Pueblos se une al vigésimo aniversario de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Medio Ambiente y Desarrollo (Río 92) y quiere denunciar la falta de acción en estas dos décadas, para superar la injusticia social lo cual ha frustrado las expectativas del medio ambiente y desacreditado a la ONU.

Notas
[1Las entidades adheridas a esta alianza a dia de hoy son ACSUR-Las Segovias, ALBA SUD, alterNativa Intercanvi amb Pobles Indígenas, Amigos de la Tierra, Assemblea Gòtic, ATTAC España, Carbon Trade Watch – Collectiu d’Investigació per la Justícia Mediambiental, CGT, Colectivo Mapuche Chileno Peuma Trawün, Comité Oscar Romero de Madrid, Coordinación por los Derechos de los Pueblos Indígenas (CODPI), Coordinadora anticoke, Corporación CEDREG, Ecologistas en Acción de Ekologistak Martxan- Ecologistes en Acció, Enginyeria sense Fronteras, Entrepueblos, GAIA (Global Alliance for Incineration Alternatives), Grup Balear d’Ornitologia i Defensa de la Naturaleza (GOB), La Espiral Ecológica, LURRA- Asociación navarra en Defensa de la Tierra, Movimiento de Jóvenes Rurales Cristianos (MJRC), Nova – Innovació Social, Observatori del Deute en la Globalització (ODG), Observatorio de las Multinacionales en América Latina (OMAL), Ongd AFRICANDO, plantem-nos!, Plataforma 2015 y más, Plataforma Auditoria Ciudadana de la Deuda ¡NO debemos, NO pagamos!, Plataforma Rural, Rus Redire, Salut i Agroecologia, Soldepaz Pachakuti, Veterinarios Sin Fronteras, Xarxa per una nova

20 de junio de 2012 català

Más de 120 redes, plataformas y organizaciones sociales de todo el mundo se reúnen hoy en la Cumbre de los Pueblos en Río de Janeiro, Brasil, poniendo en marcha una campaña global para confrontar el poder de las corporaciones y sus crímenes contra la humanidad.

Ante de fracaso de las negociaciones en la cumbre oficial Río+20, que ha sido sistemáticamente cooptado y corrompido por empresas transnacionales en el proceso previo, esta campaña bajo el lema “Desmantelemos el poder de las transnacionales y pongamos fin a la impunidad” se propone unir cientos de resistencias, campañas, redes, movimientos y organizaciones sociales que están luchando contra las corporaciones transnacionales que causan impactos negativos en los derechos humanos, en la naturaleza y el planeta.

La campaña denuncia también la agenda política de Río+20 centrada en complacer los intereses de las grandes corporaciones y bancos que pretenden mercantilizar todavía más la naturaleza. Para poner en marcha esta campaña, se realizará hoy una marcha contra las grandes empresas en el centro de Río. Uno de los objetivos de la acción será la empresa minera y energética Vale.

La campaña ha sido iniciada por movimientos nacionales e internacionales incluyendo grupos de investigación y redes de campañas que resisten los abusos de las corporaciones transnacionales. Más de 100 organizaciones campesinas, sindicales, de mujeres, de justicia ambiental y movimientos de base religiosa del Sur y del Norte Global se han sumado ya. Nnimmo Bassey, presidente de Amigos de la Tierra Internacional explica que “una campaña global de este tipo hacía falta y es esencial para luchar contra las
corporaciones transnacionales que operan globalmente, moviéndose de un país a otro usando las mismas estrategias de generación de beneficios a cualquier costo”.

De acuerdo con el llamado a la acción de la campaña, uno de los enfoques principales es el establecimiento de mecanismos de solidaridad y acción globales entre la sociedad civil y los movimientos sociales para detener las violaciones a los derechos humanos cometidas por las corporaciones transnacionales, así como para defender los derechos de los pueblos, de las comunidades y de la naturaleza. Dos de los objetivos cardinales serán el desarrollo de obligaciones y regulaciones de obligatorio cumplimiento
para las empresas y la puesta en funcionamiento de un mecanismo internacional para juzgar los crímenes ambientales, sociales y económicos de las corporaciones e imponerles sanciones.

Tom Kucharz de Ecologistas en Acción comenta que “el proceso que hemos lanzado aquí en Río aspira a promover un amplio debate global sobre la ilegitimidad del poder corporativo, así como sobre la necesidad urgente de crear las herramientas necesarias y redoblar las movilizaciones para desafiar y, en últimas, acabar con la impunidad de las transnacionales”. Henry Saraghi, coordinador general de La Vía Campesina dijo en el acto de lanzamiento: “la campaña cobra mayor importancia en este momento cuando estamos siendo testigos de la reinvención del capitalismo aquí en Río+20 a través del diseño y la implementación de la economía verde dominada por las corporaciones, que además es concebida como una ruta inteligente para seguir robando y expoliando la naturaleza, y continuar su business as usual”.

Los iniciadores de la campaña enfatizan que para enfrentar el poder de las corporaciones transnacionales y el sistema del derecho comercial internacional que les protege y garantiza sus beneficios y su impunidad, es necesario dar una respuesta sistémica uniendo las experiencias y luchas para establecer la soberanía alimentaria y energética, retomar el control sobre los servicios públicos y las finanzas, proteger los bienes comunes y para avanzar en la construcción de una economía solidaria. El llamado a la
acción de la campaña anuncia firmemente que “la resistencia de una comunidad afectada contra una empresa transnacional puede ser más victoriosa si nos unimos con otras organizaciones y comunidades de otros países, regiones y continentes”.

19 de junio de 2012

De cara a la cumbre de Río+20, Ecologistas en Acción presenta tres propuestas concretas para afrontar la crisis energética actual.

Estas tres propuestas responden a tres planos diferentes: a nivel de la UE (un tope de uso de energías no renovables), a escala española (una propuesta de generación eléctrica para el 2020) y una tercera desde la perspectiva individual-comunitaria (una cooperativa productora y distribuidora de energía 100% renovable).

Son tres propuestas claras y factibles que solo necesitan voluntad para llevarse a cabo.

11 de junio de 2012

La alianza “¿Economía Verde?, ¡Futuro imposible!” pide a Rajoy en una carta que aproveche la oportunidad que le brinda su participación en la Conferencia de Río +20 (20-22 junio, Brasil) para promover un giro a nivel mundial al modelo insostenible en que vivimos, rechazando el capitalismo verde, controlando la actuación de las corporaciones, promoviendo el acceso a los recursos en los países del Sur, apostando por una agenda comercial internacional que ponga la sostenibilidad del planeta y la justicia social en el centro de las políticas, y presionando para que no haya un retroceso respecto a lo conseguido en Río 92.

Decenas de organizaciones ecologistas y sociales de todo el Estado español han enviado una carta al presidente Rajoy, que acudirá a la Conferencia de las Naciones Unidas, sobre el Desarrollo Sostenible en Río de Janeiro, Brasil (Río+20), para pedir que rechace el concepto de economía verde que se está forjando en las negociaciones. Si bien este término parece cargado de bondad y se quiere presentar como una especie de capitalismo “bueno”, es en realidad una coartada para profundizar en un sistema de acumulación creciente que pondrá aún más presión sobre los recursos naturales y aumentará la desigualdad. El argumento subyacente a este concepto es que en 20 años no se han solucionado los problemas ambientales y sociales porque los mercados han operado con señales equivocadas. Se pretende por tanto ahora, poner precio a todo lo que no lo tiene, desde recursos naturales (agua, tierra, aire, bosques,…) hasta las funciones de los ecosistemas (capacidad de captación de carbono, depuración del aire, la polinización, regulación climática,…) para “corregir el rumbo”.

Para estas organizaciones, agrupadas en la alianza “¿Economía Verde?, ¡Futuro imposible!” [1], el gobierno español debe rechazar esta lógica perversa que producirá la profundización de una mercantilización de la naturaleza que ya ha comenzado (acaparamiento de tierras, programas REDD, mercados de carbono,…), y que sentará las bases para su conversión en activos financieros, creando burbujas especulativas que pondrán en riesgo el acceso a los recursos por parte de una gran parte de la población mundial, incluyendo la capacidad de alimentarse. Además la alianza ha advertido a Rajoy de que la Economía Verde será una especie de caballo de Troya para introducir toda una serie de falsas soluciones tecnológicas (geoingeniería, bioeconomía, captura de carbono, fracking,…) que bajo el pretexto de pretender “solucionar” los problemas ecológicos creados, no cuestionan sin embargo la insostenibilidad del modelo sino que arrojan sensación de tranquilidad sobre el mismo.

Las organizaciones que suscriben la carta alertan a Rajoy sobre quién controlará la economía verde: serán las grandes corporaciones que, de forma sintomática, estén poniendo más interés en la conferencia que los propios gobiernos. Por ello, se le solicita al presidente del gobierno que trabaje para poner límite a la actividad de estas empresas, responsables de agresiones ambientales y sociales en los países del Sur. En Rio+20 se debería acordar un mecanismo de responsabilidad legal sobre sus actividades.

Esta alianza, que aboga por una alternativa ecológica, social, y urgente al capitalismo, ha solicitado asimismo al Presidente que defienda en Rio+20 la capacidad soberana de los Estados de decidir sobre sus recursos naturales, algo que hasta ahora en el documento del Borrador cero de las negociaciones está en entredicho. La imposición de agendas comerciales abusivas a los países del Sur pone en riesgo el acceso a los recursos naturales y a una vida digna por parte de una gran parte de la población. Rajoy debe defender un giro en el modelo de producción y consumo de las economías ricas que conduzca al establecimiento de límites en el uso de recursos en el Norte, para que pueda haber un acceso equitativo a los mismos a nivel planetario.

Por último, la alianza “¿Economía Verde?, ¡Futuro imposible!” pide a Rajoy que se mantenga firme en la defensa de los derechos básicos (al agua, a la alimentación, a la nutrición adecuada,…) y de los Principios de Río 92 (el Princpio de Precaución, el Principio de Quien Contamina Paga, el Principio de Responsabilidades Comunes Pero Diferenciadas,…) que veinte años después corren el riesgo de caerse del texto de negociación de la conferencia.

Notas

[1Las entidades adheridas a esta alianza a dia de hoy son ACSUR-Las Segovias, ALBA SUD, alterNativa Intercanvi amb Pobles Indígenas, Amigos de la Tierra, Assemblea Gòtic, ATTAC España, Carbon Trade Watch – Collectiu d’Investigació per la Justícia Mediambiental, CGT, Colectivo Mapuche Chileno Peuma Trawün, Comité Oscar Romero de Madrid, Coordinación por los Derechos de los Pueblos Indígenas (CODPI), Coordinadora anticoke, Corporación CEDREG, Ecologistas en Acción de Ekologistak Martxan- Ecologistes en Acció, Enginyeria sense Fronteras, Entrepueblos, GAIA (Global Alliance for Incineration Alternatives), Grup Balear d’Ornitologia i Defensa de la Naturaleza (GOB), La Espiral Ecológica, LURRA- Asociación navarra en Defensa de la Tierra, Movimiento de Jóvenes Rurales Cristianos (MJRC), Nova – Innovació Social, Observatori del Deute en la Globalització (ODG), Observatorio de las Multinacionales en América Latina (OMAL), Ongd AFRICANDO, plantem-nos!, Plataforma 2015 y más, Plataforma Auditoria Ciudadana de la Deuda ¡NO debemos, NO pagamos!, Plataforma Rural, Rus Redire, Salut i Agroecologia, Soldepaz Pachakuti, Veterinarios Sin Fronteras, Xarxa per una nova

4 de junio de 2012

Desde el 29 de mayo hasta el 2 de junio se ha desarrollado la última ronda de consultas (tercera ronda informal-informal) en Nueva York sobre el Borrador Cero, que sentará las bases de la negociación en la Conferencia de Naciones Unidas (NN UU) sobre Desarrollo Sostenible (20-22 de junio).

Un gran número de colectivos sociales y ecologistas del Estado español agrupados en torno a la Alianza “¿Economía verde? ¡Futuro imposible!” [1] han criticado fuertemente el documento en unas jornadas preparatorias de Rio+20 celebradas este fin de semana en Barcelona. Las críticas principales se han dirigido al “nuevo” concepto de economía verde que se pretende promover en la agenda oficial como la panacea a la crisis sistémica que atraviesa el planeta.

La valoración que desde esta alianza se hace del proceso negociador hacia Rio+20 es la de que estamos ante un ataque total y sin precedentes a los bienes comunes y la de que no podemos fiarnos de los Estados para que solucionen esta crisis porque ya no representan a sus ciudadanos sino a los intereses de los mercados, que dictan las políticas públicas como se está viendo hoy mismo en nuestro país, condicionando la vida de las personas. Las críticas se dirigen también de modo contundente al propio sistema de NN UU, que está crecientemente penetrado por los intereses de las corporaciones, que encuentran un papel preferente en las negociaciones y aportan financiación a varios de sus organismos, condicionando finalmente su agenda.

Las organizaciones integradas en esta alianza consideran un error de base el que nuevamente los gobiernos del mundo pretendan revalidar el concepto de desarrollo ligado a un “crecimiento económico sostenido”-término que se repite hasta la saciedad en el documento negociado estos días en Nueva York como objetivo irrenunciable-, porque significa repetir la senda elegida en Rio 92 al ignorar los límites del planeta. Optar por esta via solo profundizará la crisis sistémica, como claramente ha ocurrido en estos 20 años.

Si bien el discurso oficial de NN UU liga a nivel teórico la economía verde a la erradicación de la pobreza y a la sosteniblidad, en el Borrador Cero todo esto queda en una declaración de intenciones, mientras que sí encuentra acomodo de forma soterrada otra visión de economía verde mucho más feroz, que se abre paso de manera contundente; aquella ligada a la búsqueda de nuevos mercados de recursos naturales. Para ello el texto del Borrador Cero intenta allanar el camino, eliminado o matizando aquellos compromisos internacionales que pudieran ser un obstáculo en el camino de los mercados, como las menciones a los derechos básicos como el derecho al agua y la alimentación, las menciones a la equidad, o principios que estaban consolidados desde Río 92 y que ahora se ven amenazados, como el de Principio de Precaución y particularmente el de Responsabilidades Comunes pero Diferenciadas.

Siguiendo la lógica reduccionista de dar señales adecuadas a los mercados para que estos funcionen (ahora por fin si), en pos del bien común, los gobiernos avanzan hacia la conclusión tácita de que hay que poner precio a todo lo que no tiene precio para que sea “justamente” valorado, lo que extendería la propiedad privada a todos los ámbitos de la vida para lograr preservarla. La economía verde necesita reformas estructurales y políticas en los marcos regulatorios de los países del Sur para mercantilizar y así “cuidar” allí todo lo que es verde, desde los recursos hasta las propias funciones de los ecosistemas.

Las organizaciones agrupadas en torno a esta alianza consideran peligrosísimo que la negociación de Rio+20 siente las bases para crear mercados globales de recursos y “servicios” naturales (agua, aire, depuración, regulación del clima,…) que son luego susceptibles de convertirse en activos financieros, constituyendo un balón de oxígeno para seguir creciendo una vez agotadas otras burbujas como la inmobiliaria. La UE es uno de los bloques negociadores que más presiona para la apertura de nuevos mercados- como el del agua-, o el mantenimiento y ampliación de los existentes- como los mercados de carbono-, lo que concuerda con sus políticas comerciales totalmente agresivas en los países del Sur para acceder a sus recursos naturales y a sus mercados financieros.

Precisamente en la negociación del Borrador Cero los países empobrecidos agrupados en torno al G77 han querido introducir una condena parcial a estas prácticas comerciales, lo cual ha sido vetado por los países enriquecidos.

La alianza llama a la movilización el Día de Acción Global que se prepara el 20 de junio a escala planetaria para mostrar nuestra indignación ante la falta de voluntad política para hacer frente a la crisis ecológica y social.

Notas

[1Las entidades adheridas a esta alianza a dia de hoy son ACSUR-Las Segovias, ALBA SUD, alterNativa Intercanvi amb Pobles Indígenas, Amigos de la Tierra, Assemblea Gòtic, ATTAC España, Carbon Trade Watch – Collectiu d’Investigació per la Justícia Mediambiental, CGT, Colectivo Mapuche Chileno Peuma Trawün, Comité Oscar Romero de Madrid, Coordinación por los Derechos de los Pueblos Indígenas (CODPI), Coordinadora anticoke, Corporación CEDREG, Ecologistas en Acción de Ekologistak Martxan- Ecologistes en Acció, Enginyeria sense Fronteras, Entrepueblos, GAIA (Global Alliance for Incineration Alternatives), Grup Balear d’Ornitologia i Defensa de la Naturaleza (GOB), La Espiral Ecológica, LURRA- Asociación navarra en Defensa de la Tierra, Movimiento de Jóvenes Rurales Cristianos (MJRC), Nova – Innovació Social, Observatori del Deute en la Globalització (ODG), Observatorio de las Multinacionales en América Latina (OMAL), Ongd AFRICANDO, plantem-nos!, Plataforma 2015 y más, Plataforma Auditoria Ciudadana de la Deuda ¡NO debemos, NO pagamos!, Plataforma Rural, Rus Redire, Salut i Agroecologia, Soldepaz Pachakuti, Veterinarios Sin Fronteras, Xarxa per una nova

Catalá

24 de mayo de 2012

La crítica a las falsas salidas que se perfilan en la Cumbre oficial de Río + 20 y la demostración de alternativas existentes y válidas se plasmarán en unas jornadas en Barcelona del 1 al 3 de junio.

Numerosas organizaciones del Estado español han creado la Alianza «Economía verde? Futuro Negro! Alianza por una alternativa ecológica, social y urgente al Capitalismo «. Su objetivo es visibilizar y denunciar el proceso de mercantilización y privatización de recursos naturales que la próxima Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible ( Cumbre de la Tierra Río +20) pretende legitimar bajo el paraguas de la mal llamada economía verde.

A un mes de la conferencia de Río + 20, la Alianza pone de relieve el retroceso respecto a la conferencia de 1992 en el que se encuentra Naciones Unidas en cuanto a objetivos y acuerdos a desarrollar; retroceso en buena parte causado por la cooptación de la ONU por parte de las grandes corporaciones transnacionales. Su influencia está demostrando ser determinante en la profundización de las políticas que se guían bajo la lógica del mercado y no bajo criterios de Justicia Social y Ambiental,

Los días 1, 2 y 3 de junio se celebrarán en Barcelona las Jornadas Internacionales previas a Río + 20. Las Jornadas pretenden profundizar la reflexión colectiva sobre la crisis global y el concepto de economía verde. Además, se visibilizarán estrategias para fortalecer luchas comunes; y se ampliará la articulación social en España de cara a Río +20 y más allá.

Las Jornadas contarán con la participación de activistas y organizaciones tanto del Estado como internacionales. La apertura, el viernes, correrá a cargo: de Nnimmo Bassey, Presidente de Amigos de la Tierra Internacional, integrante de Environmental Rights Action (Nigeria), que recibió el Premio Right Livelihood (Premo Nobel Alternativo) en 2010 por su activismo en conflicto del delta del Níger; Edgardo Lander (Universidad Central de Venezuela, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO) y Transnational Institute) e Ivonne Ramos (Acción Ecológica, Ecuador).

El sábado 2 de junio se examinarán temas como el cuestionamiento del desarrollo sostenible, el acaparamiento de tierras, las luchas alrededor de la energía y el agua, la financiarización de los recursos naturales, entre otros. El domingo 3 se realizará un taller de trabajo y estrategia de todas las organizaciones que conforman la alianza para definir nuevas acciones.

Galego

23 de mayo de 2012

Organizaciones sociales denuncian las prioridades del Gobierno español en los eventos preparatorios de la Cumbre Río+20, respaldando a las empresas multinacionales que provocan graves impactos sociales y ambientales y continuas violaciones a los derechos humanos en todo el mundo.

La próxima Cumbre de la Tierra Río+20, llamada oficialmente Conferencia de Naciones Unidas sobre Desarrollo Sustentable, se celebrará del 20 al 22 de junio de 2012 en Río de Janeiro, Brasil. Con ocasión del seminario “La Contribución del sector público-privado español a la agenda de Río+20”, organizado en Madrid por la Red Pacto Mundial España varias organizaciones sociales advierten sobre los peligros de la estrecha relación entre el lobby empresarial y los responsables de las políticas económicas y ambientales internacionales, tanto del Gobierno español como de Naciones Unidas. En el evento han participado altos funcionarios del Estado así como multinacionales denunciadas por graves violaciones a los Derechos Humanos como Endesa, Gas Natural Fenosa, BBVA y Agbar.

Un caso emblemático de las alianzas público-privadas es el de Stephan Schmidheiny, quien impulsó en 1995 el Consejo Mundial Empresarial para el Desarrollo Sostenible (WBCSD por sus siglas en inglés – World Business Council for Sustainable Development) y que agrupa 200 de las más irresponsables y criminales corporaciones del mundo. Schmidheiny fue condenado el pasado 12 de febrero por un tribunal de Turín a 16 años de cárcel en el juicio del amianto en Italia, como ex propietario del grupo suizo Eternit, declarado responsable de la muerte de unas 3.000 personas en Italia, ex obreros o habitantes de cuatro localidades donde Eternit Italia tenía sus fábricas desde 1976 a 1986. Schmidheiny fue acusado de haber provocado «una catástrofe sanitaria y ambiental permanente» y de haber violado las normas de la seguridad laboral.

A pesar de larga trayectoria delictiva de Schmidheiny, el entonces Secretario General de la Conferencia de Naciones Unidas para el Desarrollo Sustentable, Maurice Strong, le nombró en 1992 “asesor principal” de la industria y el sector privado para la preparación de la Cumbre de la Tierra en aquél año. Cuando el Secretario General de Naciones Unidas, Kofi Annan, lanzó en 1999 el Pacto Global entre la ONU y el poder económico, tanto Schmidheiny como el WBCSD jugaron un papel clave en el “lavado de cara” de las corporaciones más responsables de la pobreza y la destrucción ambiental en el mundo. En 2000, en reconocimiento a la que consideran una “labor pionera”, el WBCSD nombró Schmidheiny su presidente honorario. Todas estas alianzas público-privadas han vulnerado la credibilidad de la ONU.

La Alianza por una alternativa ecológica, social y urgente al capitalismo, constituida por diferentes organizaciones y plataformas del Estado español al calor de la Cumbre Río+20, exige que se ponga punto final al control empresarial de Naciones Unidas y las asociaciones dudosas entre la ONU y la industria -como el Pacto Global o el Consejo Empresarial Mundial para el Desarrollo Sostenible-, así como terminar con el acceso privilegiado que se le ha otorgado al sector empresarial, y a la influencia ilegítima que dicho sector ejerce en importantes procesos y decisiones multilaterales.

“La ONU y los Estados miembro deben impedir las presiones que ejercen las grandes empresas y disolver las asociaciones público-privadas y los grupos de alto nivel que les otorgan a las grandes empresas una condición privilegiada en las negociaciones oficiales. Asimismo demandan que las delegaciones nacionales involucradas en las negociaciones de la ONU no deben incluir a representantes del sector empresarial”, demanda la Alianza.

Reclaman que la ONU debe investigar y denunciar los impactos de las grandes empresas y establecer un régimen jurídicamente vinculante que pueda exigirles a las empresas rendir cuentas de cara a la legislación en materia de derechos ambientales, humanos y laborales.

Para profundizar en el debate sobre la crisis global y la responsabilidad del sector empresarial, dicha alianza organiza las Jornadas Internacionales previas a Rio+20 “¿Economía verde? ¡Futuro negro!” en Barcelona del 1-3 de junio.

La Alianza por una alternativa ecológica, social y urgente al capitalismo está integrada por: ACSUR-Las Segovias, ALBA SUD, Ecologistas en Acción de Ekologistak Martxan- Ecologistes en Acció, Enginyeria sense Fronteres, Entrepueblos, Grup Balear d’Ornitologia i Defensa de la Naturaleza (GOB), Observatori del Deute en la Globalització (ODG), Observatorio de las Multinacionales en América Latina (OMAL), Plataforma Rural, Veterinarios Sin Fronteras, Xarxa per una nova cultura de l’aigua.

8 de mayo de 2012

Con ocasión de la Jornada “España camino a Rio+20. Encuentro de la Sociedad Civil” del Ministerio de Medio Ambiente que se celebra hoy en Madrid, cientos de organizaciones sociales denuncian la peligrosa influencia empresarial en las negociaciones preparatorias de la cumbre Rio+20.

Varias organizaciones sociales aprovecharán hoy la Jornada “España camino a Río+20. Encuentro de la Sociedad Civil” que la Fundación Biodiversidad y el Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente celebran en el Real Jardín Botánico de Madrid, para denunciar las presiones que ejercen las empresas multinacionales con el fin de bloquear soluciones efectivas para problemas relativos al cambio climático, el derecho a la alimentación, la violación a los derechos humanos, el abastecimiento de agua, la salud, la pobreza y la deforestación”.

Del 20 al 22 de junio los gobiernos se reunirán en Brasil para la Conferencia sobre Desarrollo Sustentable, Río+20, en medio de una crisis ecológica y social sin precedentes. “Sin embargo, por lo que vemos en las negociaciones preparatorias, la conferencia va muy mal encaminada. El Borrador Cero de la Declaración de Río+20 destaca el papel de las empresas como promotoras de la mal llamada ’economía verde’ y se apuesta por falsas soluciones basadas en los mecanismos de mercado que benefician principalmente a las mismas corporaciones que han causado la actual crisis financiera-económica, climática y alimentaria”, como explican ACSUR-Las Segovias, Ecologistas en Acción, Enginyeria Sense Fronteres, Entrepueblos, el Observatorio de la Deuda en la Globalización (ODG) y el Obervatorio de las Multinacionales en América Latina (OMAL).

El resultado que se espera de Río+20 plantea enormes preocupaciones acerca de la creciente influencia de las grandes empresas y grupos de lobby dentro de la ONU: su influencia en las posiciones de los gobiernos en las negociaciones multilaterales; su hegemonía en determinados espacios de discusión y organismos de la ONU. “Cada vez más vemos que las políticas de la ONU no responden al interés de la ciudadanía, sino que apoyan a los intereses económicos y comerciales del gran capital. La ONU está cooptada por las corporaciones transnacionales.” enfatizan las ONG.

Más de 230 organizaciones de todo el mundo ya han firmado la declaración “No mas control y cooptación empresarial de las Naciones Unidas”, con la que han lanzado una campaña internacional para exigir que la ONU sea liberada de la cooptación empresarial. Entre los iniciadores están Amigos de la Tierra Internacional, La Vía Campesina, Jubileo Sur, el Transnational Institute, la Marcha Mundial de las Mujeres y el Servicio de Paz y Justicia en América Latina/SERPAJAL.

En el escrito, que se entregará hoy al Ministro Arias Cañete, proponen que la Cumbre Río+20 debe aprovecharse para ponerle punto final al control empresarial de Naciones Unidas y las asociaciones dudosas entre la ONU y las empresas (como el Consejo Empresarial Mundial para el Desarrollo Sostenible), así como terminar con el acceso privilegiado que se le ha otorgado al sector empresarial, y a la influencia ilegítima que dicho sector ejerce en importantes procesos y decisiones multilaterales.

“Las políticas a favor de mercados –para el comercio de carbono, la biodiversidad, el agua, suelo- es un ejemplo de cómo se promueven falsas soluciones de cara a Río+20, que están al servicio de intereses empresariales afectando a millones de personas y profundizando la crisis ambiental”.

Acusan a las agencias de la ONU como UNICEF, el PNUD, la OMS y UNESCO de dudosas asociaciones con empresas transnacionales. El PNUMA estableció asociaciones con ExxonMobil, Río Tinto, Anglo American y Shell, que son empresas que están implicadas en violaciones de los derechos humanos y destrucción de la biodiversidad. Otros ejemplos de asociaciones similares son: Coca Cola con el PNUD, y BASF y Coca Cola con UNHábitat. “Tales asociaciones no solo vulneran la credibilidad de la ONU, también socavan su capacidad de respuesta frente al sector empresarial y su voluntad para regularlo cuando está implicado en abusos a los derechos humanos, sociales y ambientales,” explican.

Reclaman que la ONU sirva realmente al interés público, revise y democratice sus procesos de toma de decisiones para garantizar que la sociedad civil tenga un papel más destacado. El sistema de participación en el Comité de Seguridad Alimentaria de la ONU puede adoptarse como modelo de cómo mejorar. “La ONU y los Estados miembro deben impedir las presiones que ejercen las grandes empresas y disolver las asociaciones público-privadas y los grupos de alto nivel que les otorgan a las grandes empresas una condición privilegiada en las negociaciones oficiales. Asimismo demanden que las delegaciones nacionales involucradas en las negociaciones de la ONU no deben incluir representantes del sector empresarial.

Por último, la ONU debe investigar y denunciar los impactos de las grandes empresas sobre las personas y el medioambiente y establecer un régimen jurídicamente vinculante que pueda exigirles a las empresas rendir cuentas de cara a la legislación en materia de derechos ambientales, humanos y laborales.

28 de marzo de 2012

Ecologistas en Acción ha solicitado al Ministro de Medio Ambiente que defienda en las negociaciones relativas al documento de discusión de Rio+20, que se celebran estos días en Nueva York, el mantenimiento del derecho humano al agua y al saneamiento. El llamamiento explicito a este derecho en el texto está en peligro por la presión de diversos países.

Tras un periodo de meses en el que diversas partes interesadas han podido hacer sugerencias al borrador cero de la conferencia sobre Desarrollo Sostenible que se celebra en junio en Rio de Janeiro, esta semana ha comenzado la fase formal de las negociaciones entre países para elaborar el texto base del documento de partida de esta conferencia. Así se ha visibilizado que gran parte de las demandas realizadas desde la sociedad civil no han sido ni van a ser tomadas en cuenta.

En este sentido existen enormes presiones en esta fase por parte de varios estados para sacar del texto algunas de las cosas más elementales como el derecho humano al agua. Este derecho fue reconocido explicitamente por la ONU en 2010 con el objetivo de dar cobertura a los cerca de 900 millones de personas que carecen de acceso al agua y 2.500 millones que no disponen de saneamiento en el mundo. Varios países buscan así evitar comprometerse con esta obligación y despejar el camino al sector privado en la gestión del agua. Sin embargo, es importante ser conscientes de que el riesgo de privatización y mercantilización de los bienes comunes como el agua, significa poner en peligro su acceso y su asequibilidad, que son elementos fundamentales de estos derechos.

Por ello Ecologistas en Acción ha pedido al ministro que ponga en valor su compromiso con este derecho liderando en el seno de la Unión europea la presión para mantener un llamamiento explícito al mismo en la redacción del texto. Igualmente, Ecologistas en Acción ha dirigido una carta a la Alta Comisionada para los Derechos Humanos para que proteste por esta situación, alineándose con la postura adoptada por la Relatora Especial de NNUU sobre el derecho al agua potable y al saneamiento, Catarina de Alburquerque, que ha señalado que la Cumbre Rio+20 y los objetivos de desarrollo después de 2015 no deberían traicionar los anteriores compromisos relativos al derecho al agua potable y el saneamiento.

11 de marzo de 2012

Galego

Cuando faltan 100 días para el inicio de la Cumbre de Río+20. El eje central de dicho encuentro va a ser la economía verde. Frente a ese concepto etéreo, Ecologistas en Acción plantea el mucho más claro y definido de economía ecológica.

La economía ecológica es una materia que tiene un cuerpo desarrollado desde hace años. De este modo, Ecologistas en Acción estará trabajando en la preparación de Río+20 para que el concepto de economía verde que salga de la cumbre sea el que se adapte a la economía ecológica y no a las necesidades de las multinacionales.

Algunos de los principios fundamentales de la economía ecológica son:

Cerrar los ciclos de materia: En la naturaleza no existe el concepto de residuo, los deshechos de unos seres vivos se convierten siempre en el alimento de otros, de manera que los procesos no están linealizados sino que se cierran en ciclos. El metabolismo económico actual, en contraste, no cierra los ciclos, sino que los linealiza.

Evitar los xenobióticos (los contaminantes): Para que los ciclos de la materia se puedan cerrar es imprescindible no introducir en ellos contaminantes que impidan este cierre. Esto se traduce en adecuar las sociedades y sus actividades a la capacidad del planeta para asimilar los contaminantes y residuos de forma sostenida en el tiempo.

Acoplar nuestro uso de recursos a los disponibles: Este criterio está íntimamente relacionado con los conceptos de límite y justicia, con entender que vivimos en un planeta de recursos limitados. Solo con una disminución drástica del consumo en las regiones sobredesarrolladas permitirá el necesario aumento en las empobrecidas.

Centrar la producción y el consumo en lo local: Es necesaria una minimización del transporte, puesto que lo que llamamos contaminación consiste, generalmente, en una enfermedad del transporte de los ecosistemas. Esta idea supone la necesidad de tender paulatinamente hacia la autosuficiencia desde lo local.

Energía justa y solar: El sistema energético debe estar centrado en el uso de la energía solar en sus distintas manifestaciones (sol, viento, minihidráulica, biomasa…). Pero no solo es importante usar energía de origen solar, sino que también es clave utilizar únicamente la necesaria. Los sistemas, cuando utilizan poca energía, no son capaces de mantenerse ni reproducirse. Sin embargo, si consumen un exceso de energía, se desordenan y entran en situaciones caóticas. Esta es la situación de las sociedades humanas en la actualidad.

Potenciar una alta diversidad e interconexión biológica: La principal estrategia para aumentar la seguridad y la supervivencia de la vida ha sido hacerla más diversa, cambiante y moldeable. La alta diversidad e interconexiones en la naturaleza tienen un correlato en el plano social: la vida conjunta de muchas personas diversas y con muchas redes de intercambio y comunicación entre ellas como salvaguarda de la variedad cultural.

Tener una “velocidad de vida” acoplada a los ciclos naturales: Muchos de los problemas ambientales que se están produciendo tienen más que ver con la velocidad a la que se están efectuando los cambios, que con los cambios en sí mismos. En este sentido hay que volver a acompasar nuestros ritmos con los del planeta. Esto se traduce, por ejemplo, en olvidar los trenes de alta velocidad y los tomates en invierno.

Actuar desde lo colectivo: En la naturaleza, para su evolución, ha sido mucho más importante la cooperación que la competencia. No somos seres independientes, sino profundamente interdependientes. La actuación desde lo colectivo se transpone en la vida social como una gestión democrática de las comunidades y sociedades.

Incertidumbre insalvable: No solo vivimos en un planeta de recursos limitados, sino que el ser humano también lo es. No somos omniscientes ni omnipotentes. Es imposible que no cometamos errores. Desde esta perspectiva surge otro principio rector que sería el de precaución, que postula que no se deben llevar a cabo acciones de las que no se tienen claras las consecuencias, como generar residuos radiactivos que seguirán emitiendo durante miles de años o liberar transgénicos sin saber que consecuencias tendrán para el entorno.

24 de febrero de 2012

Galego

Esta semana el Secretario de Estado de Medio Ambiente, en su papel de presidente del PNUMA, hizo un llamamiento a sus colegas ministros del ramo, en la reunión preparatoria de la Conferencia de Rio+20, para que consideraran la gestión de los ecosistemas como una oportunidad económica para salir de la crisis. Para Ecologistas en Acción esta apuesta por la llamada «economía verde» es una vuelta de tuerca más en la privatización de la naturaleza y la apropiación del bien común, con consecuencias nefastas para el planeta y para los más pobres.

El estreno de Federico Ramos de Armas, Secretario de Estado de Medio Ambiente, como presidente del Programa de Naciones Unidas para el Medio Ambiente (PNUMA), dejó clara cual es la apuesta del gobierno español de cara a la Conferencia de Rio+20, que se celebrará a finales de junio en la capital brasileña, 20 años después de la famosa cumbre de la Tierra. Tras insistir en la idea ya pregonada por el ministro Arias Cañete de que la protección ambiental solo puede ir de la mano del crecimiento económico, Ramos de Armas dejó entrever que la gestión de los ecosistemas interesa porque puede generar dividendos, en línea con la llamada «economía verde» abanderada por las grandes corporaciones, que bajo el discurso de la sostenibilidad pretenden hacer caja en Rio+20.

Ecologistas en Acción quiere alertar sobre este empuje pretendidamente sostenible de los grandes grupos económicos. La economía verde, no traerá tal como se plantea y en contra de lo que se afirma, solución a los problemas ambientales y justicia social. Tras 20 años de aplicar recetas de crecimiento, la situación ambiental es peor y la desigualdad social mayor. Para Ecologistas en Acción esta situación de injusticia social y ambiental seguirá no solo existiendo sino que se hará aún más profunda mientras no cambie el modelo económico que la sustenta: un modelo basado en el crecimiento continuo y sin fin, que necesita consumir cada vez más recursos para seguir funcionando, y que solo puede hacerlo a costa del medio ambiente y de las poblaciones más desfavorecidas.

La economía verde que se plantea a día de hoy es una forma más de capitalismo, que por lógica estructural no podrá ser nunca inclusivo ya que se basa en la diferencia. Al tiempo que se reconoce que los recursos son finitos, solo se plantean medidas de eficiencia en el uso de los mismos, no una reducción absoluta hasta converger con la «cuota ecológica» de cada país. Frente al horizonte del agotamiento de los combustibles fósiles, en lugar de proponer unas hojas de ruta de disminución de la producción y el consumo de energía en los países enriquecidos, que permita un incremento en los países más empobrecidos hasta niveles dignos de bienestar material, se plantean parches para mitigar el problema presente de las emisiones, como la captura de carbono, la geoingeniería, o la biología sintética. Oportunidades de negocio para las grandes corporaciones.

Frente a las falsas soluciones es necesario contraponer justicia ambiental y social. En un mundo en crisis con recursos limitados, hay que priorizar las acciones que contribuyan a la redistribución de la riqueza y a la transición hacia un modelo realmente sostenible antes que a aventuras tecnológicas que solo conducen a más desigualdades y al debilitamiento de las instituciones democráticas mientras crece el poder de las corporaciones, tal como la experiencia nos demuestra.

Ecologistas en Acción urge a los gobiernos reunidos en Río+20 a cambiar radicalmente el enfoque y trabajar por una economía ecológica, que opere dentro de los límites de los ecosistemas y que consiga satisfacer las necesidades reales de la ciudadanía, que ha de ser necesariamente parte de las soluciones.

13 de febrero de 2012 Català Galego

Con ocasión de la publicación del «Borrador Cero», el documento de partida para la Conferencia de la Tierra Río+20 que se celebrará el próximo mes de junio en Brasil, Ecologistas en Acción considera el texto no enfrenta los enormes desafíos a los que se enfrenta el plantea y supone un grave retroceso incluso en relación a los avances de la Cumbre celebrada hace 20 años.

Ecologistas en Acción califica el texto como un gran oximorón, ya que intenta conjugar el crecimiento económico con la lucha contra la pobreza y la degradación ambiental. Se mantienen invariables las mismas tesis del modelo económico actual de las últimas décadas, obviando que el crecimiento se produce en base a la generación de desigualdades y a la devastación de la naturaleza.

La herramienta básica que se plantea en el borrador para alcanzar este crecimiento es la mal llamada «economía verde». Y, en vista de lo anterior, parece claro que cuando el borrador habla de economía verde está hablando, básicamente, de seguir como hasta ahora profundizando en la liberalización y la privatización, y no de un imprescindible cambio de modelo económico.

Esta misma idea se muestra cuando señala como actores principales para lograr esta economía verde a las corporaciones multinacionales. Pero, ¿cómo es posible que entidades que tienen que maximizar sus beneficios todos los años para «ser competitivas» puedan, al mismo tiempo, pilotar un cambio de modelo que huya de la adicción al beneficio que genera la necesidad imperiosa de crecer de forma continuada? De hecho, numerosos informes vienen denunciando la vulneración sistemática de derechos humanos por parte de las multinacionales. La concentración del poder económico y político del sector privado por la desregulación de las legislaciones estatales y la inexistencia de normas obligatorias para las empresas en el derecho internacional están en la base de la actual crisis.

Otros de los agentes del «cambio» indicados son el Banco Mundial, el Fondo Monetario Internacional y la Organización Mundial del Comercio. Ecologistas en Acción denuncia que, a estas alturas es imposible plantear que estos organismos, que han sido claves en el desarrollo de la economía globalizada, puedan servir para darle el giro copernicano que necesita.

El documento afirma que «la economía verde no es un conjunto rígido de normas, sino más bien un marco de toma de decisiones». Igualmente señala que «la economía verde no debe conducir a la creación de nuevas barreras comerciales». Es decir, que de Río+20 no saldrán acuerdos vinculantes y de obligado cumplimiento, sino un papel mojado de buenas intenciones que, además, reafirmen que la economía verde es la economía capitalista del desastre globalizado, pero embadurnada de verde.

Por si cupiese alguna duda, la economía verde que define Naciones Unidas se basa en «instrumentos del mercado», «asociaciones entre el sector público y privado», «investigaciones sobre el capital natural mediante incentivos y políticas adecuadas». Es decir, exprimir a la naturaleza con nuevos nichos de mercado como la economía de la biomasa, la privatización de la biodiversidad o el controvertido programa de REDD+ (Reducción de Emisiones por Deforestación y Degradación de Bosques) que amenaza a la supervivencia de los pueblos indígenas y comunidades que dependen de los bosques, está produciendo violaciones a los derechos humanos y podría resultar en el despojo masivo de tierras.

Una muestra más de que no hay ninguna voluntad de cambiar la adicción al crecimiento es que se afirma que los logros que se han conseguido han sido gracias al «dinamismo económico» y que lo que no se ha conseguido ha sido por las crisis financieras, las energías volátiles y los precios de los alimentos, cuando justamente las políticas de libre comercio han causado la desregulación del sistema financiero codicioso y especulativo que a sus vez ha provocado la crisis financiera y alimentaria.

Ecologistas en Acción se pregunta a qué logros se refiere el borrador, ¿a no haber reducido, ni por efecto de la crisis, la curva creciente de emisiones de gases de efecto invernaderoVentana nueva?, ¿a qué más del 80% del consumo energético mundial siga siendo a partir de combustibles fósilesVentana nueva y hoy estemos ya probablemente en el pico del petróleo?, o a qué las diferenciasVentana nueva entre quienes más tienen y menos tienen en el mundo se han ampliado. Probablemente se refiera a que el número de automóvilesVentana nueva en el mundo crece de forma robusta, o a que considere la Cumbre de Durban de cambio climático como exitosa, una cumbre en la que lo que se acuerda de facto es que la temperatura global subirá por encima del límite de seguridad de los 2ºC.

La organización ecologista quiere recordar que previamente a las crisis financieras y a los altos precios de los alimentos, los indicadores mundiales ya iban mal, sobre todo los ambientales. No es la crisis la que genera este mundo desigual y ecocida, es el propio funcionamiento del modelo urbano-agro-industrial capitalista.

De este modo, cuando el borrador hace una llamada al «consumo y la producción sostenibles» plantea otro oximorón, pues no es posible hacer sostenible la producción y el consumo en un entorno de crecimiento. La sostenibilidad es redistribuir a nivel planetario los niveles de consumo, a partir de una reducción drástica en regiones como la UE o EE UU.

En todo caso el Borrador Cero tiene algunos tímidos elementos positivos. Por ejemplo, reafirma acuerdos como «el principio de responsabilidades comunes pero diferenciadas», que fueron eliminados del catastrófico acuerdo climático de Durban, y el «derecho soberano sobre los recursos naturales». También promueve la eliminación progresiva de las subvenciones que tengan efectos considerablemente negativos sobre el medio ambiente.

En resumen, el texto base vuelve a reconocer la gravedad de problemas como el calentamiento global y la pérdida de biodiversidad, pero de nada sirve diagnosticar los problemas si las soluciones que se pretenden aplicar son sus causas con elementos de voluntarismo y no de medidas de obligado cumplimiento.

14 de enero de 2012

Movimientos Sociales en la Cumbre de los Pueblos por justicia social y ambiental, contra la mercantilización de la vida y la naturaleza y en defensa de los bienes comunes

Nos movilizamos junt@s camino a Río+20 y más allá
por Nuestros Derechos y los Derechos de la Naturaleza,
contra la Mercantilización de la Vida y el Reverdecimiento del Capitalismo

Nosotr@s, organizaciones, redes y movimientos sociales (ver firmas abajo), que estamos implicados en la construcción de la Cumbre de los Pueblos por justicia social y ambiental, contra la mercantilización de la vida y la naturaleza y en defensa de los bienes comunes, que se realizará en Río de Janeiro, Brasil, del 15 al 23 de junio de 2012, ante el desarrollo simultáneo y en esa misma ciudad, de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sustentable (Rio+20), hacemos un llamado a la movilización y coordinación de las luchas a lo largo y ancho del planeta.

Para garantizar que se cumpla con el derecho de todos los pueblos, especialmente aquellos más vulnerables, a tener acceso al agua, alimentos, energía, tierra, semillas, territorios, y medios de vida dignos, y para reivindicar los Derechos de la Madre Tierra. Estamos construyendo juntos, como actividad de este proceso de articulación, la Asamblea permanente de los Pueblos, a realizarse en Río.

Esta asamblea, tendrá el desafío hacer oír la voz de las mujeres y hombres, jóvenes y mayores, que día a día están resistiendo el avance de un modelo de desarrollo por definición no sustentable, cuya inhumanidad depredadora va buscando someter cada aspecto de la vida a la acción del mercado, anteponiendo siempre las ganancias de unos pocos al buen vivir del conjunto, mientras simultáneamente intenta asumir un rostro cada vez más «verde» detrás del cual esconderse.

Fue durante la Conferencia sobre Medio Ambiente y Desarrollo, en Río en 1992 – la llamada Cumbre de la Tierra, o Río’92 -, que una movilización social casi sin precedentes frente a una cita de los estados vio nacer, entre otras cosas, la Convención sobre Diversidad Biológica y la Convención Marco de las Naciones Unidas sobre el Cambio Climático.

Son los principios fundantes de esa Convención sobre Cambio Climático – la responsabilidad histórica de los países industrializados por el cambio climático, la deuda ecológica y climática, y por ende las responsabilidades comunes pero diferenciadas para su tratamiento – que sufren hoy como nunca los embates del capital más concentrado en su intento de convertir la vida en una mercancía al servicio de sus ganancias. Luego de los retrocesos marcados en las negociaciones climáticas de Copenhague (2009) y Cancún (2010), no hay motivo para esperar resultados menos decepcionantes de la COP17 en Durban (del 28 de noviembre al 9 de diciembre de 2011). También luego de la COP10 de la Convención de Diversidad Biológica en Nagoya (2010), la mercantilización de la Naturaleza pasó a tener lugar central ante la proposición de los llamados mecanismos financieros innovadores que copian la misma lógica de los fallidos mercados de carbono.
Pero fue también en Río’92 cuando ya el mundo corporativo empezó a levantar la bandera del «desarrollo sustentable», pues había posibilidad de convertirlo en un buen negocio. Ese mismo concepto, complementado en Río+10 por el de «responsabilidad social corporativa» y subvertido hasta la médula por la simultánea apertura y desregulación neoliberal y la financiarización globalizada de la economía capitalista hegemónica, hoy provocan estragos en la vida de los pueblos y del planeta, y amenazan con impactos aún peores. Y es esta agenda que se profundiza a través de mecanismos y políticas de ajuste estructural de la llamada «economía verde». Tal cual como la agenda neoliberal de privatizaciones de servicios públicos en los 90, viene a liberalizar la Naturaleza y su acceso por parte de los mercados, dividiéndola en componentes -como el carbono, la biodiversidad o los servicios ambientales- para generar al mismo tiempo títulos de especulación financiera, el control corporativo, la pérdida de soberanía alimentaria y el vaciamiento de los territorios.

Ante esta realidad, precisamos convertir Río+20 en un proceso mundial de fuerte movilización, que confronte la realidad de un sistema de muerte que busca perpetuarse a cualquier costo y fortalezca las luchas y resistencias por nuestra sobrevivencia a través de la construcción de alternativas no-capitalistas como la soberanía alimentaria. La continuidad y la profundidad de las actuales crisis, su carácter sistémico y cada vez más militarizado y violento, la falta de respuestas adecuadas por parte de la mayoría de los gobiernos y el secuestro de los procesos de negociación multilateral por parte de los intereses geopolíticos y corporativos, van marcando con una necesaria urgencia la construcción de este espacio propio, plural, democrático y autónomo, con un mensaje contundente y logros concretos capaz de constituirse no solo en caja de resonancia de nuestras denuncias y demandas sino también en multiplicador de nuestra creatividad y fortalezas, nuestra solidaridad y esperanza.

Frente a la enorme fiesta de las falsas soluciones que están preparando para Río+20 las grandes corporaciones, los bancos y entidades financieras internacionales y los gobiernos cómplices, con el fin de consolidar un capitalismo reverdecido como única respuesta ante las múltiples crisis por ellos mismos desatadas – crisis económica, ecológica, alimentaria, energética, democrática, climática, de derechos, de género, en fin, crisis civilizatoria-, la Cumbre de los Pueblos tendrá el desafío de hilvanar y visibilizar las verdaderas soluciones que desde los pueblos se vienen construyendo, en el campo, en los bosques, en las fábricas, en las comunidades, los barrios, las escuelas y demás lugares de trabajo y de convivencia.

Convocamos entonces a involucrarnos en este proceso y a movilizarnos en cada lugar camino a Río+20, impulsando campañas e iniciativas de debate y formación, de ampliación de plataformas de estrategia y acción conjunta, de coordinación y apoyo solidario entre las luchas concretas y las demandas aglutinadoras.

Llamamos a los pueblos y movimientos en lucha contra todas las formas de explotación, depredación y dominación, a unirse con nosotros en una Asamblea permanente de los Pueblos, donde afirmaremos nuestros derechos y los de la Naturaleza frente a la mercantilización de la vida y el «reverdecimiento» del capitalismo, sobre la retórica de la «economía verde».

A través de los testimonios y el análisis, los intercambios y la solidaridad, la movilización y las acciones concretas, tendrá además el desafío de fortalecer las luchas presentes y convocar a nuevas acciones e iniciativas, generadoras de nuevas plataformas de unidad. En ese sentido, en la Asamblea permanente de los Pueblos, los afectados y afectadas, los verdaderos acreedores de las deudas sociales y financieras, ecológicas y climáticas, democráticas y de género -que a lo largo de su desarrollo viene acumulando el capitalismo, el patriarcado, el imperialismo, el racismo, y el antropocentrismo- tendrán el desafío de contribuir significativamente en la coordinación de nuestros diversos esfuerzos por construir economías y sociedades no capitalistas, justas y equitativas, en armonía entre tod@s y con la Naturaleza, superando el hambre, el empobrecimiento, la explotación y la opresión, acumulando sobre la base de las múltiples luchas en curso y ayudando a prepararnos para confrontar los desafíos estratégicos de los próximos tiempos.

Se realizarán además actividades auto-gestionadas en torno a aspectos vitales del proceso de transformación sistémica y civilizatoria, buscaremos conocer y apoyar directamente las luchas de los pobladores de Río de Janeiro, y de todos los lugares, en sus esfuerzos de sobrevivencia ante la embestido del capitalismo y su cara reverdecida, incluyendo los mega-eventos, los acaparamientos de tierras, los mega-proyectos, los mecanismos llamados de desarrollo limpio y otras tantas siglas y nombres engañosos como REDD, REDD+, «bio»combustibles, denunciaremos a los responsables, organizaremos acciones directas y también, como corresponde, celebraremos la vida y la esperanza que nacen y se nutren de nuestras luchas y conquistas.

Llamamos a movilizarnos para construir la Cumbre de los Pueblos por justicia social y ambiental contra la mercantilización de la vida y en defensa de los bienes comunes, y la Asamblea permanentes de los Pueblos, sobre la base de las múltiples luchas en curso, en defensa de la vida, la soberanía -alimentaria, energética, financiera, territorial, política-, la autodeterminación y la igualdad y la defensa de los derechos humanos y de la naturaleza, analizando los orígenes de la presente crisis y las nuevas modalidades de acumulación capitalista, de colonización y de esclavitud. Unámonos como movimientos, organizaciones y redes sociales para asegurar que Río+20 se convierta en una gran movilización popular que fortalezca las bases locales, regionales y mundiales necesarias para enfrentar la avanzada verde del capitalismo. Río+20 tiene que ser un punto de partida para una sociedad más justa y más solidaria.

¡L@s esperamos para construir juntos y juntas!
¡La vida no se vende, se defiende!
¡Somos los pueblos los acreedores!
¡Globalicemos la lucha, globalicemos la esperanza!
¡Seguiremos en marcha hasta que tod@s seamos libres!

(*) Alianza de los Pueblos del Sur Acreedores de la Deuda Ecológica- Alianza Social Continental- Amigos de la Tierra América Latina y el Caribe –CADTM Abya Yala Nuestra América- Convergencia de Movimientos de los Pueblos de las Américas – Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas- Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo CLOC- Grassroots Global Justice – Grito Continental de los Excluidos/as – Jubileo Sur/Américas – Marcha Mundial de las Mujeres – Movimiento Mundial por los Bosques – Observatorio de Conflictos Mineros de América Latina- Oilwatch- Vía Campesina.

ADHESIONES (hasta el 17 de enero de 2012)
- África Central: Nouvel Espace pour le Partenariat au Développement de Centrafrique
- Argentina: Diálogo 2000- ATTAC- Acción por la Biodiversidad-GRAIN- Asociación Argentina de Abogados Ambientalistas (AAdeAA)- Asociación Ecologista Piuke- Buenos Aires Sostenible- ONG Mujeres Activas- Ecosalud Tucumán
- Bélgica: CADTM – Climate Justice Platform
- Bolivia: Plataforma Boliviana frente al Cambio Climático- PROBIOMA- Centro de Comunicación y Desarrollo Andino, CENDA- Equipo Movimiento Red Tinku- Red de radios y telecentros comunitarios Apachita
- Brasil: Rede Jubileu SulBrasil- PACS- Rede Brasil sobre Instuticiones Financieras Multilaterales- Rede Social de Justica e Direitos Humanos- Rede Brasilera de Pesquisas em Manotecnologia, Sociedad e Meio Ambiente, RENANOSOMA- GT Meio Ambiente AGB- Associação dos Geografos Brasileiros- Bicuda Ecologica- FASE- Fórum Carajás- Fórum Popular em Defesa de Vila Velha- Entidade Nacional de Estudantes de Biologia- Movimento de Mulheres Camponesas MMC/RR- Movimento Nos Existimos- Forum da Amazonia Ocidental – FAOC/RR- Instituto Terramar- ASCAE, Associacao Cultural Arte Ecologia
- Canadá: Council of Canadians – Blue Planet Project International
- Colombia: Federación de Organizaciones Animalistas FOA- Amigos del Bosque
- Costa Rica: Asociación Red de Coordinación en Biodiversidad- COECOCEIBA-Amigos de la Tierra- Asociación Conservacionista YISKI- Preserve Planet
- Chile: Colectivo VientoSur- Red Socioambiental de Valparaíso
- Cuba: PRSD
- China: DLF Democratic Left Front El Salvador: CESTA-Amigos de la Tierra
- Estado Español: Ecologistas en Acción- Proyecto GAP/PGS-Salva la Selva- Fundación IPADE- Observatori Climàtic- Organización de Solidaridad de los Pueblos de África, Asia y América Latina, OSPAAAL
- Estados Unidos: Biofuelwatch- Earthpeoples- Environmental Justice Climate Change Initiative- Institute for Policy Studies in Washington
- Filipinas: ASIA PACIFIC Network for Food Sovereignty (APNFS)- Aniban ng Manggagawa sa Agrikultura (AMA) – Union of Agricultural Workers and SANLAKAS- Movimiento de los Pueblos sobre el Cambio Climático (PMCC) IBON Foundation
- Francia: ATTAC- Maison de la Citoyenneté Mondiale- Réseau Féministe “ Ruptures”- CETRI- Centre tricontinental
- Haití: PAPDA
- India: Himalayan Peoples Forum- Kalpavriksh – Environmental Action Group Indonesia: CAPPA-Ecological Justice
- Kenia: Global Advocates for Justice
- México: Red Mexicana de Acción frente al Libre Comercio (RMALC)- Alianza Mexicana por la Autodeterminación de los Pueblos (AMAP)- Otros Mundos AC/Chiapas- Revuelta Verde/Marea Creciente- Rising Tide México- Vigilantes Ambientales Juveniles Mozambique: UPCN-UNAC
- Nicaragua: Movimiento Social Nicaragüense “Otro Mundo es Posible”- Organización para la defensa de los Consumidores de Nicaragua
- Nigeria: Consejo Internacional de la Juventud-Nigeria (IYCN)- Youth Vision Network Alliance (YVAN)- Labour,Health and Human Rights Development Centre
- País Vasco: Mouvement Bizi
- Panamá: Voces Ecológicas- Centro de Desarrollo Ambiental y Humano
- Paquistán: Pakistan Fisherfolk Forum
- Perú: Red Ambiental Loretana, Amazonia Peruana
- Puerto Rico: Grito de lxs Excluidxs-capítulo de Puerto Rico- Comité Pro Niñez Dominico-Haitiana- Proyecto Caribeño de Justicia y Paz- MUSAS (Mujeres Solidarias y Amorosas)
- República Dominicana: Brigada Cimarrona Sebastian Lemba
- Rusia: Friends of the Siberian Forest
- Senegal: Action Solidaire International- Sénégal Agir pour les Générations Futures (AGF)
- Sudáfrica: Centre for Civil Society Environmental Justice Project, University of KwaZulu-Natal
- Suecia: Environmental Justice Organisations Liabilities ande Trade (EJOLT)
- Venezuela: Frente Ecologista Lara-PSUV-
- Zambia: Zambia Climate Change Network.
- Confederación de Desarrollo de los Pueblos Indígenas del Alto Amazonas CORDEPIAA- Grassroots International-Red Internacional de Forestería Análoga, RIFA.

- Para sumarse, comunicarse a: movilizacion.rio20@gmail.com

- Más información: Cúpula dos Povos na Rio+20 (http://cupuladospovos.org.brVentana nueva)

FOTOS CUMBRE DE LOS PUEBLOS DÍA 19 DE JUNIO
FOTOS DESDE EL DÍA 15 DE JUNIO